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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

PERCEBEM?

João Gonçalves 18 Set 09


O "Diário da Manhã", mais conhecido por Diário de Notícias, titula que "assessor de Cavaco Silva encomendou caso de escutas". Repare-se na escolha cirúrgica do verbo "encomendar". Eu também podia escrever que alguém "encomendou" o título ao DN. Que há "encomendas" distribuídas com parcimónia pelos media. Que os media vivem de "encomendas". Que as "encomendas" são a causa de existir dos media. Ou, no limite, que os "jornalistas" são umas belas "encomendas", tipo concierge de condomínios de luxo, etc., etc. O DN não gosta de Fernando Lima. E este regime protagonizado pelo admirável líder não gosta de Cavaco. Um mais um igual a cinquenta. De resto, importa "debilitar" Cavaco para depois de 27 de Setembro. Porque não interessa nada saber se há serviços de informações oficiais ao serviço de causas partidárias e, dentro destas, de uma pequena, abusadora e precária clique. Não. Um cromo do Expresso, um Rui não sei quantos, ouvido sobre isto na Antena1 (a versão sonora do Diário da Manhã), até teve um lapso significativo - se calhar não foi - decretando que Cavaco devia "pedir desculpas" a José Sócrates (depois saiu-lhe "pedir explicações"). E o ainda director do Público sugere que houve interferência "tecnológica" em mails do jornal para se forjar um, justamente o que deu origem à "notícia" da "encomenda". "Pedir desculpas a Sócrates". Percebem? Vão navios cheios de fantasmas...

20 comentários

De CITANDO PORTADALOJA a 18.09.2009 às 10:05

Jornalismo do respeitinho

O jornal Público de Quinta-Feira, num artigo assinado por Ana Cristina Pereira, dá conta que "só um terço do noticiário político parte da iniciativa das redacções dos jornais", citando um livro agora apresentado em público, da autoria de Vasco Ribeiro- Fontes Sofisticadas de Informação.

Vasco Ribeiro, coordenador do serviço de comunicação e imagem da Reitoria da Universidade do Porto, "fez uma análise aleatória interpelada:um dia por cada semana de 1990, 1995, 2000 e 2005 de notícias publicadas nas secções Política ou Nacional do Correio da Manhã, Diário de Notícias do Jornal de Notícias e do Público."
E concluiu que "só um terço do produto jornalístico [polític0] ser produzido por iniciativa das redacções. (...) Mais de sessenta por cento do noticiário é induzido por assessores de imprensa, relações públicas, consultores de comunicação, porta-vozes. " Incluem-se todos os actos de campanhas eleitorais, cerimónias oficiais, inaugurações, visitas, manifestações etc etc.

Em caixa, o jornal dá conta de algo curioso, neste aspecto: "O Correio da Manhã e o Diário de Notícias" apresentam-se como jornais de poder", refere Vasco Ribeiro, com base na sua análise. E o DN é o jornal que ouve mais fontes anónimas, nas notícias.



- posted by josé @ 18.9.09 1 comments

De AAA a 18.09.2009 às 10:12

Oh João, desculpe lá, mas ouve a Antena 1 da Dª. Maio? Dos fretes? Eu há muito que já vi do que a casa gasta.

De CITANDO BLASFEMIAS a 18.09.2009 às 10:21

Sondagens e o regresso do medo.
Publicado por JPLN em 17 Setembro, 2009

As eleições para o Parlamento Europeu de Junho de 2009 tiveram, no que respeita a Portugal, um desfecho que, para muitos, foi inesperado. Inesperado, sobretudo, pela incongruência entre os resultados eleitorais e diversas sondagens que apontavam em sentido diverso do verificado em concreto.

Foi levantada a hipótese de muitos votantes de partidos “à direita” do espectro político se recusarem a, sequer através de participação em sondagem, correrem algum risco, ainda que remoto, de ser conhecida a sua inclinação.

As sondagens estariam assim, e acrescente-se, possivelmente de forma irremediável, feridas na sua capacidade para prever os resultados eleitorais, uma vez que nesta perspectiva, parte do eleitorado confiaria apenas no segredo da própria urna, e não no de qualquer simulacro.

Este fenómeno poderia traduzir um “zeitgeist” que se poderá ter instalado entre nós durante o mandato que agora termina, e que se repercutiu em diversas intervenções públicas.

Como já foi assinalado, Portugal é território onde laboraram Santo Ofício e PIDE. Ao contrário daquele, esta esteve activa nos dias de vida de muitos actuais eleitores. Ora estas duas organizações teriam como objecto ou como efeito, inspirar medo.

Como notou F. Zakaria, vários países do mundo têm regimes “que combinam eleições e autoritarismo – são as democracias iliberais”. Com os precedentes históricos de Portugal, é necessário todo o cuidado para não seguir esse caminho.

Aguardamos os resultados eleitorais das eleições legislativas de Setembro de 2009, afim de podermos conferir o maior ou menor grau de sintonia com os resultados das sondagens previamente publicadas.

No caso de voltar a verificar-se o mesmo fenómeno de Junho de 2009, poderemos especular que a separação entre resultados de sondagens e resultados eleitorais poderia constituir um sintoma do regresso do medo ao cenário político.

Pela minha parte, gostaria de fazer minhas as palavras de Manuel Alegre, “Agora e sempre contra o medo, pela liberdade.”

José Pedro Lopes Nunes

De Mani Pulite a 18.09.2009 às 10:34

Ditadura ou Liberdade.Esta é a opção que os Portugueses terão de fazer em 27.9.Ao atacar frontalmente o Presidente da República,ao tentar intimida-lo,desestabiliza-lo e condiciona-lo a dez dias das Legislativas por interposto DN dos fiéis Oliveira e Marcelino Sócrates confirma aquilo de que já suspeitávamos.O Presidente e a Presidência sempre esteve e está debaixo das escutas e vigilância da Secreta Sócretina-SS.Nada nem ninguém está hoje a salvo desta vigilância nem ao abrigo das retaliações que se seguem quando se opõe ao falso inginheiro ou seus sequazes.Hoje chegou a vez do Senhor Presidente.Este ataque é feito também coordenadamente com o comunista trostkista Louçã e já preparado com o objectivo de forçarem Cavaco a aceitar um Governo Sócrates-Louçã.Aceitar em suma a implantação de uma ditadura Socialista em Portugal.Não passarán.A hora da resistência chegou.Abaixo a ditadura Sócretina!Viva a Liberdade!

De Anónimo a 18.09.2009 às 10:51

JMF garante, apesar de não ter lido, queuma parte do e-mail é forjado. Já Luciano Alvarez afirma que este e-mail nunca existi. Algo aqui não bate certo, pois não? Não existiu ou uma parte foi truncada (palavras exactas de JMF)?

A história das escutas no Público é comovente, mas se os mails são vigiados é porque existem e houve mesmo conluio entre Belém e o jornal.

Isto só pode ser uma CAMPANHA NEGRA para prejudicar Manuela Ferreira Leite, claro.

De Anónimo a 18.09.2009 às 10:58

O mesmo jornal hoje traz um suplemento de 15 páginas feito e pago pelas Novas Oportunidades. Deve ser para pagar a "noticia" da capa.

Também nesse jornal de hoje é interessante ver o que Pedro Magalhães diz sobre a importância da campanha no resultado das sondagens, desta vez. É sabido que Sócrates gasta uma fortuna nesta campanha e o resultado está ai.

Está tudo dito.

De Textículos a 18.09.2009 às 11:06

Gostei particularmente do email que começa "Vou fazer esta conversa por email e não por telefone porque a situação é tão grave que é melhor não correr riscos de ser escutado" e termina "Quando acabares de ler o email pudemos falar por telefone". Atrevo-me a dizer que o email é tão fajuto quando o video da autopsia do suposto alien à uns anos atrás

De Anónimo a 18.09.2009 às 11:39

Desculpem lá mas com esses erros ortográficos só pode ser mesmo da autoria do Luciano Alvarez.

Pelo menos no twitter dá com cada um...ui, é de bramas aos céus...

De Fado Alexandrino a 18.09.2009 às 11:48

Isto está mau, pode ficar pior.
Se soubesse o que sei hoje, e sou um simples soldado, nunca tinha aberto um blog mesmo sendo anónimo.

De Anónimo a 18.09.2009 às 12:15

Este comentário foi escrito com testículos. Só pode. Um português de morrer.

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