Provavelmente o que vou escrever a seguir é uma heresia. No Insurgente defende-se que Manuela Ferreira Leite deveria suceder a Marques Mendes na liderança do PSD designadamente por as circunstâncias exigirem "alguém com reputação de rigor orçamental". Sem negar, antes pelo contrário, essa qualidade à ex-ministra das Finanças, gosto sempre de lembrar que MFL não é propriamente uma "política". Fora as pastas ministeriais, o único cargo com dimensão política - em sentido estrito - que ocupou foi o de líder da bancada parlamentar e, ao contrário de Marques Mendes, não deixou saudades. E quando esteve à frente da distrital de Lisboa, em cujas listas colaborei, o único lastro visível que deixou foi... António Preto. A um chefe da oposição não lhe basta ser um razoável ou mesmo bom técnico que se "mete" na política. Cavaco, Guterres, Barroso, mesmo Santana Lopes e Sócrates chegaram onde chegaram - a S. Bento - por causa da política e não exactamente por saberem fazer contas. A notoriedade de MFL, tal como a de Marcelo, por outros motivos, catapulta-os naturalmente para as preferências dos "barómetros". Todavia isso não produz nenhum líder e, muito menos, uma política. Mendes ainda anda à procura da sua e o congresso deve dar-lhe fôlego para a perseguir. Não julgo que esta seja "a hora" de mais ninguém até porque mais ninguém se deve achar na sua "hora". Muito menos Ferreira Leite se deve "chegar à frente".
... “hoje” não consigo ficar indiferente ao “nível” dos “comentários” ... para este tipo de “comentários” mais valia não “intervirem” ... porem, quem sou eu! ... mas inserindo-me na minha teoria da “persistência” enquanto “construtiva” penso que estas criaturas ao “lerem” devem “reter” pelo menos “alguma coisinha” naquelas mentes, de tão “poucos neurónios”
... é por isso que, todos dias peço
Que DEUS me conceda: - SERENIDADE para aceitar o que não posso mudar - CORAGEM para mudar o que posso mudar - SABEDORIA para reconhecer a diferença
Caro anónimo das 8:08, mil obrigados pelo inestimável assinalar da minha involuntária redundância, apesar da óbvia escassez de tempo para o exercício da nobre missão de revisão semântica de comentários, mas permita-me a pergunta (e faça-me o obséquio de não a tomar por insolente): fê-lo para me corrigir, ou porque enfiou a carapuça do meu comentário?
Embora atrasado, quero testemunhar que MFL é um caso confirmado de falta de vocação política. Nunca percebeu a natureza nociva de certos indivíduos que ajudou, repetidamente, a promover, em Lisboa, Oeiras e Algés, quando era responsável pela Distrital de Lisboa, suponho que era esse o cargo que então detinha no PSD. Foi alertada e ignorou os avisos, com contumácia. Errar é humano, sobretudo se se desconhecem certos factos. Ser contumaz no erro, depois de oportunamente advertida, não tem desculpa. É mais um caso de pessoa com capacidade técnica, competente na sua esfera profissional, mas desprovida de visão política ou sequer de sensibilidade para a dita. A passagem pela Educação, no tempo de Cavaco, a sua permanente obsessão pelo défice, à frente da pasta das Finanças, no tempo do Governo da decepção barrosista, também não deixam saudades e, finalmente, deve sentir-se agora bem recompensada, gozando as delícias da Banca dita ibérica, onde parece que aterram os políticos felizardos do bloco central. Ai, Portugal, Portugal... onde te levaram e levarão ainda tantas sumidades financeiras arvoradas em dirigentes políticos ?
Para além do mais, MFL tem umas constas a ajustar com tudo aquilo que não foi feito durante o consulado de Durão Barroso.