Santana Lopes, quando esteve primeiro-ministro, foi famosamente sovado pela opinião dita pública (e por alguma da que se publica) por querer acabar com as scuts, uma aberração inventada pelo visionário Cravinho no tempo em que as vacas do Continente e dos Açores eram gordas (as da Madeira estão à beira de uma cura de emagrecimento forçado). Ou seja, era urgente acabar com o conceito e as respectivas consequências - "sem custos para o utilizador" - e não com as estradas. Anos volvidos, o actual Governo termina com essas inqualificáveis borlas para a semana e o ministro da tutela, Álvaro Santos Pereira, anunciou-o perante uma, também, inqualificável comissão parlamentar onde pontificam alguns dos mais ilustre tenores e aves canoras do regime "deposto" a 5 de Junho que (parece) ainda não se deram conta de tal defuntice política. Este folclore aberrante e de circunstância pouco importa. O que importa é a decisão política firme apesar da tentativa de crucificação mediática do ministro à custa de dois ou três esbirros irrelevantes. E essa decisão, podem ter a certeza, está tomada e é irreversível.
Como é que vão pagar os carros com matrícula estrangeira (emigrantes ou turistas, p. ex.)?
No domingo passado, fiz a viagem de Sevilha para Lagos e coloquei-me na pele de alguém que, não tendo o tal dispositivo electrónico (Via Verde ou DEM) quisesses passar de Ayamonte para cá.
Compraria o aparelho nos CTT... ao domingo à tarde?
Sairia da A22 e iria procurar um quiosque?
O mais certo seria passar sem pagar, pois a respectiva multa nunca lhe seria enviada. Pois se até a Polícia Municipal de Lisboa se queixa de não ter acesso às moradas dos condutores portugueses para lhes enviar as multas para casa!