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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

«O DR.CAVACO NÃO SE ENGANA»

João Gonçalves 5 Nov 10

Consta que Portugal está na iminência de falir e a caminhar para o abismo. Não está. E não está porque começou a falir e a caminhar para o abismo no dia em que o barbudo e pequenino (de estatura física) Afonso bateu na mãe. Por natureza, é de bom tom não bater nas mães. Costuma ser ao contrário, logo, a coisa não podia correr bem. Mas aqui talvez Medeiros Ferreira tenha razão. Os juros, como o preço do peixe no Bolhão, aumentam no dia em que em o endividado ou o cliente precisam de ir à praça. E se o endividado ou o cliente possuem fama de estroinas (na feliz expressão de Nogueira Leite), os juros, que são o preço do dinheiro, aumentam. Resumindo. «O dr. Cavaco não se engana. Cavaco sabe, como qualquer economista (ou qualquer historiador) que a essência da crise é a desconfiança (aliás merecida) do mercado financeiro internacional no Estado que emergiu a seguir ao 25 de Abril e na real legitimidade dos políticos portugueses. Porque, em última análise, para os nossos credores há só uma garantia: um Estado que mereça o respeito geral e políticos que o país geralmente apoie. Não por acaso, os juros subiram com o tristíssimo espectáculo das negociações PS/PSD. O observador mais distraído constata com facilidade o desprezo do eleitorado pelos dois partidos do "Centrão" e pelas respectivas clientelas. Como constata o inexplicável isolamento do CDS e a irresponsabilidade do Bloco e do PC. Quem vai emprestar, excepto a juro muito alto, o mais preliminar vintém a uma casa, com fama (e proveito) de más contas, que desabou nesta balbúrdia? Ao contrário do que o dr. Soares parece pensar, as crises financeiras que levaram ao fim de incontáveis regimes começaram na política, na pura política. Desde a revolução de 1789 ao 28 de Maio que isto não é um grande segredo. O dr. Cavaco tem razão: não é com gente que Portugal despreza no governo, na Assembleia e nos partidos que sairemos do buraco. O país não precisa de uma ditadura, mas precisa de uma radical reforma. Este regime chegou ao fim.» Não sou eu que digo. É o Vasco Pulido Valente. Num dia luminoso.

20 comentários

De AMÍLCAR ALHO a 05.11.2010 às 11:46

O país não precisa de uma ditadura????

Qual é então a solução?

Ps, PSD e CDS que nos têm ( des ) governado desde 1974 só pensam no tacho...
Veja-se o caso de José Luís Arnaut que o seu partido ainda não está no poder e já queria criar uma comissão de acompanhamento das contas públicas onde, obviamente, colocaria logo 3 ou 4 boys laranjas, etc....
Do lado do PS, o Tó Zé Seguro começa a ver o barco a afundar e já foge que nem um rato do porão, e começa a dizer que será " implacável contra a corrupção ". Pergunto, por onde andou este tempo todo???
O CDS-PP, tem outras contas desde o Jacinto Leite Capelo Rego ( eles lá sabem o que sentem o onde o sentem...), até ao Turbo ministro que assinou milhares de despachos numa noite, o néscio Telmo, até aos sobreiso, submarinos, etc...
O BE e o PCP não são obviamente partidos do poder....

O que nos resta?????

Penso que seja um Líder forte pq, como alguém dizia, os lideres fracos fazem fracos um povo forte!!!!

De ruy a 05.11.2010 às 12:04

"o Dr Cavaco não se engana"

Saturday, November 18, 2006

Cavaco Silva, em entrevista à SIC, afirmou que o executivo de Sócrates, “revela espírito reformista” e está “a fazer reformas naquela direcção que é preciso fazer” face à actual realidade do País. Declarou ainda, que “há claros sinais positivos, neste momento,” da economia portuguesa.
Depois de Teixeira dos Santos e Sócrates aí temos o Presidente a ver os tais sinais.

De João Gonçalves a 05.11.2010 às 12:07

E depois...? Em 2006. Antes de 2007,2008, 2009 e 2010. Não possui um calendário em casa?

De Anónimo a 05.11.2010 às 12:12

SOMENTE ... mais um MUITO OPORTUNO e BRILHANTE artigo

De Fado Alexandrino a 05.11.2010 às 12:14

Do lado do PS, o Tó Zé Seguro .... Pergunto, por onde andou este tempo todo???


Com a idade que tem andava nos banquinhos da escola a frequentar as Novas Oportunidades de Uma Jota Qualquer.

De floribundus a 05.11.2010 às 12:14

os abrantes cumprem a sua missão.
denegrir Cavaco.

contudo mais dia menos dia não há dinheiro a não ser provavelmente da China.

o problema não está nos empréstimos,
mas na sua necessidade diária
e no seu pagamento

De Anónimo a 05.11.2010 às 12:56

Já perto do fim do PREC, a coisa estava má. Tal como hoje.
Havia era mais militares. Na incessante busca para a crise, um deles, face à hipótese de se aumentar a renda das Lages, pensou alto e disse: - E se declarássemos guerra aos EUA? –Eles invadiam Portugal, punham mais uma estrela na bandeira e estavamos safos...
Respondeu logo outro:- E se nós ganhamos?...

De Anónimo a 05.11.2010 às 13:28

Portugal está na penúria, apertado por prestamistas e financiadores dos desvarios-PS; o povo levanta-se de manhã para cumprir mole e automaticamente o seu horário; sócrates entrega-se a delírios; Passos ameaça com crises e moções; os candidatos lançam as suas candidaturas com mais vigor - de forma marciana; não há dinheiro e os chineses vão comprar o país; a AutoEuropa vai de vento-em-popa mas os trabalhadores querem mais (3,9% !) e vão vazer greve. Carvalho da Silva e o geronte-Proença preparam a "greve geral" de 24 de Novembro. É o asilo entregue aos maluquinhos.

Ass.: Besta Imunda

De e-ko a 05.11.2010 às 13:54

desculpem-me se venho perturbar alguma coisa, mas a coisa está preta e é por cá que está gente a aproveitar-se do desnorte:

já não há bancos internacionais a comprar dívida soberana nacional, são os nossos próprios bancos nacionais que se estão a encher:

http://braganzas.blogspot.com/2010/11/quem-nos-anda-comer-por-parvos.html

De ruy a 05.11.2010 às 14:05

TUESDAY, JANUARY 02, 2007
Uma mensagem presidencial para todos os gostos, assim se poderá entender a comunicação ao País de Cavaco Silva.
Ao reiterar a “indispensável colaboração politica” entre o governo e o presidente da república, não terá desagradado aos socialistas como não terá desagradado de todo aos sociais-democratas, até aqui incomodados com o apoio acrítico do presidente da república às iniciativas de Sócrates, ao lerem, nas entre linhas da mensagem, pela primeira vez, uma menor colagem do presidente ao governo.
Mensagem ambígua, que agrada a gregos e a troianos e que coloca o País com as incertezas e amarguras de sempre, sem alegria e sem qualquer nova motivação.
Cavaco Silva parece não ter compreendido ainda, que do apoio institucional, do silêncio à ruptura, vai uma grande distância e que os caminhos, ainda que difíceis, desse equilíbrio institucional precisam de ser trilhados por um presidente actuante, vigilante, politico e confiante.
Cavaco Silva não é um Sá Carneiro, o que Sá Carneiro tinha de politico a mais tem Cavaco Silva de menos. Sá Carneiro, Mário Soares e Cunhal foram e Mário Soares ainda o é, políticos de corpo inteiro, com emoções à flor da pele, sem os frios calculismos dos políticos actuais. Foram homens não foram máquinas, nem “faziam politica” por interpostas pessoas, pelas sugestões das firmas de consultoria ou pelos resultados das sondagens.
Os políticos estão mais cinzentos e o País cinzento está.
Com o País em crise generalizada, com os problemas económicos a agravarem-se sem que o governo dê resposta aceitável para os mesmos, com os conflitos sociais cada vez mais agudos e frequentes, com um cada vez maior numero de desempregados, com os problemas da educação a agravarem-se face a uma politica ministerial desajustada e sem estratégia, com os cuidados de saúde mais caros e reduzidos, com uma justiça mais ineficaz que nunca, com impostos a subirem e condições sociais em redução, com a demagogia dos governantes e com uma Comunicação Social incompetente, vendida e deslumbrada pelas intervenções provocatórias do primeiro-ministro, com tudo isto, exigia-se uma mensagem politica interventiva e não uma mensagem rotineira, calculista e sem qualquer ambição.

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