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Associação República e Laicidade (ARL), uma espécie de pide dos costumes democráticos, andou para aí a vociferar contra crucifixos e aplaudiu umas parvoíces decididas em Espanha contra a simbologia natalícia em escolas. É curioso ver como a Espanha está em vias de passar de catolicíssima ao oposto, certamente por causa da má consciência e dos eternos mal resolvidos que são a praga dos nossos dias. Ainda não perceberam que há coisas no mundo e nas pessoas que não se alteram por decreto ou por vassouradas do primeiro aprendiz de jacobino primitivo que subsiste nas trevas. A ARL, como boa polícia, está sempre atenta a qualquer movimento suspeito de colocar em causa os "valores" que defende, as mini-causas que persegue e os "direitos" daqueles que, dia e noite, não fazem outra coisa senão pensar na melhor maneira de acabar com a nefanda tradição ocidental, fundada no império romano e, depois, na Igreja Católica. Para a ARL o que importa é não ofender esta gente e os seus "direitos" nem que para isso se faça tábua-rasa da história. Aliás, a eloquência com que a ARL abre a sua página - com uma citação desse exemplo de tolerância e de moderação que foi Afonso Costa - é esclarecedora do propósito. Não aprenderam nem esqueceram nada. Que Deus lhes perdoe.
Faz-me asco.