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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 22 Set 06
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...
1— A misturada de factos ou actores culturais completamente irrelevantes com outros que são realmente importantes costuma ser uma forma típica de sacar umas massas ao estado à conta da falta de capacidade critica em matéria de arte. Confundir os Jerónimos e Camões com qualquer maestrina ou mesmo com um Saramago não poderá tornar-se numa óptima maneira de agravar o problema a que se refere? Não seria possível amar simplesmente o próximo sem precisar de o subsidiar? E é este o problema: dos vivos quem subsidiar? Normalmente o grosso do bolo é repartido entre os gulosos mais anafados e os afilhados de ocasião.
2— Será que dentro de 100 anos alguém terá obrigação de restaurar as maravilhosas e portuguesíssimas taveiradas de regime? A estátua do bem-amado decapitado no Areeiro? A obra completa de muito querida Rebelo Pinto e outros 100 nomes da "literatura" portuguesa actual? As gravações da apaixonante música pimba (depois de devidamente elevada à categoria de objecto etnomusicológico bem identificado por um qualquer estudioso) e dos pastiches pseudo-modernos eruditos? Se a educação para a arte não melhorar talvez sejam esses os espólios seleccionados pelo MC no futuro para atribuição das verbas consagradas à conservação do património.
3— A perplexidade do vulgar cidadão perante os custos de um filme português serão resolvidas se o dito cujo aprender a ver cinema, ou pelo contrário agravar-se-ão se o cidadão privar com a obra dos melhores mestres?
4— O dinheiro dos apoios acrescenta talento? A educação também não? Ah, mas permite ao menos que se reconheça o talento quando nos deparamos com ele: torna-nos mais capazes de o amar e dá-lhe portanto condições para ele se desenvolver.
Lucas Moreira Pinto