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A "ESQUERDA MODERNA" E O ESBULHO

João Gonçalves 17 Mar 10


O "pec", não é esdrúxulo repeti-lo, é um esbulho à classe média. Que um governo da "esquerda moderna" pense que pensões ou salários de 500 euros são um luxo passível de tributação progressivamente agravada diz tudo sobre essa "esquerda moderna". Ainda por cima são os quinze anos dessa "esquerda moderna" que conduziram ao esbulho chamado "pec". E também diz algo sobre essa "esquerda moderna" a circunstância de, em vez desta facilidade - a do ataque ao que não pode tugir nem mugir -, não arriscar, por exemplo, um adicional sobre os lucros dos bancos. Não arrisca porque ela, a "esquerda moderna", por interpostas pessoas, está hoje instalada nos bancos e nas principais empresas "lucrativas" do sistema, tais com as "edps", as "galps" ou as "pts". Esbulho sim, mas só para os mesmos cornos de sempre.

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7 comentários

De Anónimo a 17.03.2010 às 10:56

Ainda por cima é preciso terem lata para dizerem que a classe média começa a partir dos 500€...
PQP

De lica a 17.03.2010 às 11:00

Fome & fartura

Nestes dias de (diz-se) crise, e em que nunca como hoje um Governo conjugou tantas vezes o verbo diminuir (diminuir o Rendimento Mínimo, diminuir o subsídio desemprego, diminuir o Complemento Solidário para Idosos, diminuir os apoios aos deficientes, diminuir as pensões, diminuir os salários, diminuir as deduções com a saúde e educação...), é reconfortante saber que alguma coisa cresce, e não apenas a revolta e os lucros da banca e das "empresas do regime".

Congratulemo-nos, pois, por os gestores da PT terem, em 2009, recebido 7 milhões em salários e "prémios" e por, desses 7 milhões, 1,533 terem cabido ao meritório "boy" Rui Pedro Soares (que bem os mereceu pelo esforço com que se terá dedicado a levar a TVI ao bom caminho). E por também a REN ter contemplado outro dos arguidos da "Face oculta", José Penedos, com 243 750 euros de "bónus", mais um salário de quase 27 mil euros por mês, o que dá qualquer coisa como meio milhão e picos. Com efeito, como profetizou há meio século Cesariny, "afinal o que importa não é haver gente com fome/porque assim como assim ainda há muita gente que come".
http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=Manuel%20Ant%F3nio%20Pina

De Cirilo Marinho a 17.03.2010 às 11:29

Muito, muito acertado este resumo.

Lamentável, infelizmente, a consequência do mesmo.

De Jacinto a 17.03.2010 às 13:10

Em cheio.

De M.Abrantes a 17.03.2010 às 16:13

Depois vem o senhor francês da UE aplaudir. E nós imaginamos o fulano a regressar a uma senhora casa, num senhor carro, e a papar um valente jantar. Bom proveito lhe faça.

A verdade é que cada vez custa mais a entender a sentença de Mário Soares, que decretou o sec XX como o século do povo.
A menos que o sec XXI se prepare para ser o século do polvo. Para começo não vai nada mal.

De José Domingos a 17.03.2010 às 19:30

Existem demasiados deputados no parlamento. Parecem papagaios.
Como é que se poderá, proceder criminalmente, contra a classe politica.
Claro que também temos culpas nesta situação. Merecemos?

De Anónimo a 17.03.2010 às 20:12

Por isso é que, às vezes, me apetece dizer que fugir aos impostos é um dever patriótico. Em certos casos, é mesmo a única maneira de sobrevivermos

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