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Rui Tavares é "esquerdino". Não importa. Isto é correcto.
"Imagine como seria se Portugal fosse atacado a partir da Galiza como Israel a partir do Líbano. O pressuposto é o de que Israel faz apenas “o normal”, o que todos os países fazem. A realidade não confere. Espanha foi alvo de terrorismo durante décadas, e sabia que a ETA se escondia no País Basco francês. Nunca bombardeou Saint-Jean-de-Luz. O Reino Unido foi alvo de terrorismo durante décadas e sabia que o IRA se organizava na República da Irlanda. Nunca bombardeou Belfast, muito menos Dublin. Há menos de um mês, sete atentados simultâneos mataram mais de duzentas pessoas em Bombaim. Há fortes suspeitas de que os autores tenham vindo da Caxemira paquistanesa. Todos os ocidentais louvaram a contenção da Índia; e no entanto, ao contrário do Irão, o Paquistão já tem armas nucleares e partilha uma fronteira terrestre com a Índia. A lição é clara: o terrorismo é uma questão de segurança, policial, judicial, política. Pode ser atacado, com mais ou menos sucesso, por qualquer destas vias. Quando passa a ser uma questão militar, perpetua-se."
e há a desgraça (por mais que possa ser empolada, fotos e isso, que guerra não tem public relations?). a amiguinha da minha filha (4 anos) é libanesa, a família está mal, os nossos cafés comuns arrastam-se em desabafos - não faço conversa, é um horror, sentimo-lo bem nos nossos amigos, absolutamente laicos diga-se, e hezbolaizando-se à medida que o tempo passa
e nisto tudo só não percebo uma coisa (Quer dizer não percebo muito mais, mas em relação ao tão citável texto): a Eta (muito "contextualizável" e "compreensível", já agora, por algum(ns) prezados políticos portugueses, desses que abominam a besta facista do rei Juan Carlos) fazia parte do governo do d'estaing ou do miterrand? é que já não me lembro...era armada pelos alemães ou pelos italianos? varreu-se-me da memória, era miúdo. pode-me informar? ou vou ao google?