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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 20 Ago 10

«O discurso que Pedro Passos Coelho fez no Pontal (uma festa partidária sem especial significado) provocou um alarido incompreensível. Do Governo a jornalistas que estimam o Governo e até a personagens menores como o dr. Vital Moreira (que se tornou um furioso beato do PS) houve gritos de indignação. O homem preparava uma crise política, o homem queria uma crise política, o homem era um irresponsável. Como se o chefe da oposição não devesse (em qualquer circunstância, boa ou má) defender a política que representa. Como se a oposição não pudesse pôr condições para votar o Orçamento ou ter uma ideia sobre como corre a vida pública portuguesa. Como se Pedro Passos Coelho, presidente do PSD, estivesse obrigado a obedecer ao primeiro-ministro. Isto mostra bem a miséria moral a que o país chegou. Mas não vale a pena perder tempo a bater nesse gato morto. O importante é o que Passos disse. E, desgraçadamente, o que disse ficou pela trivialidade ou, pior ainda, pela pequena manobra em que hoje em dia se esvai o cérebro da nossa classe dirigente. Para quem julga ele que falou? Para os portugueses não falou com certeza. A maioria dos portugueses não percebeu a dimensão e a gravidade dos sarilhos que a esperam. Imagina que os problemas se resolverão como já se resolveram antes, com o tradicional apertão em casa e uma ajudinha lá de fora. A "Europa" e o FMI não nos deixam cair, pois não? É claro que não. Basta aguentar uns tempos que tudo volta à mesma: com o mesmo desleixo e os mesmos vícios. O Presidente declarou a situação "insustentável". Só que, no fundo, ninguém acredita. E Sócrates não perde uma oportunidade para jurar exactamente o contrário. Para se distinguir desta conversa sem nome, Passos Coelho precisa de explicar, numa linguagem clara e, de preferência, dura, o que pensa do estado económico de Portugal, do futuro próximo e das medidas que tenciona tomar. O resto, as jeremíadas do costume sobre despesa e sobre impostos não servem de nada: entram por um ouvido e saem por outro. São coisas para o dr. Marcelo comentar e reduzir rapidamente à irrelevância. Para alguma gente - suponho que pouca - o importante no Pontal não foi a inútil (e, de resto, hipócrita) ameaça de rejeitar o Orçamento, foi a desilusão de encontrar um político mais, quando se esperava descobrir um estadista.»
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...
Já arrumei Passos Coelho na prateleira das inutilidades. Há muito tempo.