Se eu pudesse fazer com que viesses Todos os dias, como antigamente, Falar-me nessa lúcida visão - Estranha, sensualíssima, mordente; Se eu pudesse contar-te e tu me ouvisses, Meu pobre e grande e genial artista, O que tem sido a vida - esta boémia Coberta de farrapos e de estrelas, Tristíssima, pedante, e contrafeita, Desde que estes meus olhos numa névoa De lágrimas te viram num caixão; Se eu pudesse, Fernando, e tu me ouvisses, Voltávamos à mesma: Tu, lá onde Os astros e as divinas madrugadas Noivam na luz eterna de um sorriso; E eu, por aqui, vadio de descrença Tirando o meu chapéu aos homens de juízo... Isto por cá vai indo como dantes; O mesmo arremelgado idiotismo Nuns senhores que tu já conhecias- Autênticos patifes bem falantes... E a mesma intriga: as horas, os minutos, As noites sempre iguais, os mesmos dias, Tudo igual! Acordando e adormecendo Na mesma cor, do mesmo lado, sempre O mesmo ar e em tudo a mesma posição De condenados, hirtos, a viver - Sem estímulo, sem fé, sem convicção..
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...