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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 5 Mar 06
Acordei com a notícia de uns frangos de aviário, devidamente mortos, aparecidos numa ravina do Rio Vouga. Seriam à volta de quinhentos, "em adiantado estado de decomposição", embrulhados em sacos de ração e que terão sido aparentemente despejados de uma altura de cerca de duzentos e cinquenta metros em relação ao leito do rio Vouga. Ficaram "espalhados numa ravina com uma inclinação de cerca de oitenta por cento" o que dificulta a sua remoção. Para além da javardice, há ainda o risco de contaminação do leito do rio, coisa que obviamente não ocorreu aos imbecis que promoveram o exercício. Este espectáculo entre o macabro e o ridículo é bem o espelho de uma certa miséria comportamental que não conseguimos varrer da nossa sociedade. Esta animalidade que de vez em quando emerge das suas próprias trevas, exibe em todo o seu esplendor o nosso irremediável atraso. No meio das "populações", o termo benigno utilizado pelos media para caracterizar o incaracterístico, esconde-se muitas vezes a perversão analfabeta e a má fé. Para o comum do português, desconfiado e bimbo, o "outro" só existe sob a forma de inimigo e a paisagem praticamente não conta. Este crime ambiental ficará impune como tantos outros. A força inquietante da inércia pode muito. A ignorância pode muito mais.Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...
Com efeito, não vislumbro qualquer diferença entre um proprietário de aviário, seja ele de Sever do Vouga ou de Tomar, por exemplo e um qualquer director-geral, chefe de divisão ou director de serviços. Se os primeiros parecem ser mais "labregos", os segundos, imbuídos de um espírito de "missão inabalável" têm provocado tantos, ou mais danos que o burguesote que produz frangos de aviário.
É que os pequenos tiranetes desta administração napoleónica predam diariamente recursos que a todos pertencem e também eles ficam impunes face à danosidade dos actos que praticam, alimentando-se num jogo de favores pessoais semelhante a uma qualquer construção civil virtual,cuja obra inacabada e derrapante é bem mais perniciosa que a cimenteira de Outão, a Ota ou o TGV...