«Marinho Pinto já conseguiu uma coisa extraordinária que mais ninguém esteve próximo de alcançar. Entrevistado pelo jornal da TVI, o impulsivo bastonário da Ordem dos Advogados perdeu de tal forma a cabeça que até Manuela Moura Guedes pareceu objectiva, calma e racional. Moura Guedes tem várias pulsões justiceiras, todas elas bem conhecidas. O bastonário sabia as regras do jogo, os riscos e as vantagens do confronto no ringue da TVI. Mas não é o estilo da jornalista que interessa debater, nem a contundência da informação que ela coordena com evidente êxito comercial: o "Jornal Nacional" é de longe o noticiário mais visto e musculado do país. Quem deve estar sob escrutínio é, justamente, Marinho Pinto. A razão é simples: apesar de já ter sido jornalista de causas, ele não é uma estrela televisiva ou de telenovela. Ao contrário do que provavelmente pensa, não é sequer um comentador livre de dizer o que lhe apetece. Muito menos pode achar-se um sindicalista mandatado para proteger o interesse exclusivo de uma classe profissional. Ele tem outras obrigações.»
Uma pesquisa na blogosfera, dá uma percentagem de cerca de 80% de opiniões favoráveis a MP. Pode ser a voz do povo que dizem é a voz de Deus. Vale o que vale, é só um apontamento. Entre os senhores jornalistas, curiosamsnte, a percentagem é a inversa.
As posiçãoes de Marinho Pinto parecem-me muito próxima das de Sócrates. Quer na defesa deste no polémico processo Freeport, quer nos ataques desferidos a algumas entidades. Deixemos que o pó assente para ver mais claro.
Teimam convenientemente em apreciar a jornalista - MMG quando o que esteve em causa no triste episódio nunca foi nem poderiam ser as qualidades ou os defeitos do jornalismo feito na TVI ou da jornalista em causa por uma simples razão: o convidado, o entrevistado não foi MMG. Foi Marinho Pinto. No limite, se não queria estar sujeito aos riscos inerentes em ser entrevistado por maus jornalistas não ia, recusava. Mas é assim. Acontece muito a quem sofre de vertigens. Sabem-no mas não evitam espreitar o abismo e ... Não ir foi o que decidiu fazer o "padrinho" ou será "afilhado". David Oliveira
Evidentemente que Marinho foi à TVI sob uma incumbência vexatória, ele que tem alinhado os seus impulsos e bocas pela pauta minoritária salvaguardante berbicacho freeportiano.
As sondagens do Fado cheiram a ranço.
A opinião do David condensa tudo o que de relevante há a dizer dos eventos no Jornal Nacional da TVI.
Acho que o homem esteve muito bem. O país parece-se mais com maçã muito bonita por fora, mas podre por dentro (cheio de lar- vas)e ele teve a coragem de desmascarar essa podridão em que o país está atolhado até ao pescoço. O HOMEM tem-os no sítio. Deviamos estar todos com ele e dar-lhe ainda mais força. Bem haja Sr. Bastonário.
O País está atolado de sacanices e conflitos, mas infelizmente pela figura atolambada do Bastonário, resulta ficar ainda pior atulhado de lixos morais e aparências justiceiristas de Justiça.
O "share" televisivo do "Jornal Nacional" a essa hora também não deve fugir muito para baixo dos 80%. Vitória para a MMG mais uma vez no que importa a nível televisivo. E infelizmente para o Marinho os mesmos 80% puderam ver a sua triste figura para o cargo de responsabilidade que ocupa, um pouco mais importante do que pivot de telejornal. Já disse antes que o Marinho devia aproveitar o ímpeto desses 80% da blogosfera (e não só blogosfera, o sentimento foi geral mesmo entre jornais online e cá fora no mundo real), e entrar nas listas do PS, até pode tirar o lugar ao premier. Não era o José Miguel Júdice que dizia que o Marinho se preparava para ser candidato à presidência da república pelo PS? Então aí está.