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portugal dos pequeninos

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RIEM DE QUÊ?

João Gonçalves 17 Mar 10


Escreveu-se aqui que António Costa inexistia como presidente de câmara e que apenas se dedica ao paineleirismo político às quintas-feiras. Enganei-me. Costa, afinal, existe mas para tratar de coisas transcendentais como os aviões do Red Bull em Lisboa e no Porto. E de forma idioticamente divertida como a foto documenta. Quando os dois presidentes das duas maiores câmaras municipais do país - de duas cidades abandonadas à má sorte e ao mau gosto - se reúnem por causa de tal coisa, estamos conversados acerca desse país e desses presidentes de câmara.

A POBRE GAMELA

João Gonçalves 8 Out 09


Tinha Elisa Ferreira - até por palavras de quem trabalhou de perto com ela e em quem confio - por uma pessoa equilibrada. Todavia, o espectáculo rasca que tem vindo a prodigalizar enquanto pseudo-candidata do PS à presidência da Câmara do Porto revela uma mulher infinitamente mais perturbada do que Ana Gomes o que constitui, para mim, magra consolação. Elisa Ferreira merece a maior das humilhações eleitorais e o recato definitivo da "gamela" de Bruxelas. E é aquilo uma universitária. Ao menos a outra tontinha (menos tontinha do que aparenta e bem mais dada ao sentido da oportunidade como se viu pelo "desenrolar" da sua carreira diplomática) é o que é e não disfarça.

ELISA, A UBÍQUA CANDIDATA

João Gonçalves 18 Ago 09

Como é que uma senhora - que Mário Crespo trata cerimoniosa e respeitosamente por "senhora professora", na Sic Notícias, quase com a baba a cair-lhe dos beiços - afirma, sem rebuço, que o "Porto está primeiro" quando acabou de ser eleita eurodeputada para um mandato de cinco anos em Estrasburgo?

A FALSA CANDIDATA

João Gonçalves 11 Jul 09


A D. Elisa Ferreira, vergastada pelos caciques locais do partido e pelas evidências, decidiu manter a sua candidatura à Câmara do Porto. Segundo ela, o Porto está primeiro embora já esteja de volta ao Parlamento Europeu. Não há dilema nem vergonha. A senhora fica no PE se perder e vai para o Porto se ganhar o que, pela natureza das coisas, não deverá acontecer. Louvou-se num telefonema que recebeu do secretário-geral do PS (foi assim que se referiu a Sócrates, seu velho subordinado no Ambiente) para ficar. Elisa e o admirável líder nunca se suportaram. Precisamente daqui a três meses ele ver-se-á definitivamente livre dela. E, quinze dias antes, com alguma sorte, nós dele. Não fazem falta nenhuma.

A "ELISA"

João Gonçalves 20 Fev 09


O que é que "a Elisa" não tem? "A Elisa" não tem um programa. "A Elisa" não tem outros nomes para apresentar. "A Elisa" não tem uma ideia para o Porto embora não se poupasse ao jargão abstracto: é preciso recuperar a "centralidade" da invicta. Seja lá o que isto for. "A Elisa", porém, é do Porto "até à medula", garantiu o admirável líder ao som da balada de Rui Veloso. Mário Soares, Fernando Gomes e o sr. Pinto da Costa decoraram o momento. "A Elisa" é, em suma, fantástica. Com certeza. Não sei, porém, se é a mesma Elisa que, quando era ministra do ambiente de Guterres, se viu grega para suportar a insolência do então seu secretário de Estado que acabou por ficar no lugar. Ela jura que "larga tudo" se for eleita presidente da Câmara. Este minimalismo voluntarista, apesar da presença do velho colaborador da Rua do Século, não lhe deve servir de muito. Até porque "a Elisa" conhece perfeitamente o "apoio" dele.

Foto: Cidade Surpreendente

RUI RIO E AUGUSTO M. SEABRA

João Gonçalves 3 Nov 07

Simpatizo politicamente com Rui Rio. Aprecio o seu germanismo, a forma pragmática como lida com as coisas. Deu-me gozo as derrotas que infligiu ao PS do Porto, uma seita corporativa da pior espécie. E a maneira como obrigou à normalização das relações entre a política e o futebol. Dito isto, fiquei satisfeito com a absolvição do Augusto M. Seabra pelo Tribunal da Relação do Porto depois do autarca portuense o ter processado por ter sido apelidado de "energúmeno" num artigo sobre o trambolho da Casa da Música. Os advogados da Câmara - e Rio - reagiram mal e pretendem recorrer com um argumentário idiota baseado na figura quase sagrada e institucional do presidente da Câmara. Pretender que existem vacas sagradas só porque são eleitas é um mau sistema. Nem as vacas são sagradas - não existe tal - nem a circunstância da eleição representa bondade de per si. O regime - do topo às juntas de freguesia - está prenhe de gente irrelevante, medíocre e esquecível que não o deixa de ser tal por ter sido eleita. Não é o caso de Rui Rio o que lhe confere maiores responsabilidades em não espremer esta teta seca. A liberdade de expressão, a crítica e a acrimónia fazem parte do pacote democrático. Da mesma maneira que saudei as vitórias de Rio - e muitas mais, nacionais ou outras, lhe desejo - também me regozijo com o acórdão da Relação do Porto, uma boa peça para esfregar na cara daqueles que, fazendo parte da "elite" do regime, se imaginam mais iguais do que os outros.

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