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portugal dos pequeninos

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Louvor e simplificação de Mário Crespo

João Gonçalves 21 Mar 14

 

Mário Crespo vai deixar a SICN a meio da próxima semana. E, simultaneamente, solicitou a sua reforma. Ou a sua reforma "solicitou" o fim do contrato com a SIC, whatever. O espaço noticioso que ocupava aquela estação, entre as 21 e as 22 horas, desaparece. Polémico e iconoclasta, parcial e imparcial, irritante e provocador, rigoroso e contraditório, Crespo nunca deixou ninguém indiferente o que é, para mim, o melhor elogio que lhe devo fazer. O "Jornal das 9" não se limitou a papaguear trivialidades em língua de pau como se não houvesse pessoas, circunstâncias e contingências à nossa volta. "Dava luta" até a ele mesmo. Muitas vezes, neste meu "espaço de liberdade" como o Mário um dia o apelidou, critiquei-o sem piedade. Todavia isso não ensombrou por um segundo a - julgo poder afirmá-lo mutuamente - estima que acabou por forjar-se precisamente em nome dessa liberdade de espírito comum. Vão atacá-lo por ter dado "demasiada" voz e tempo à agora chamada "geração errada" quando, néscios, não percebem que as coisas só medram expostas pelo verso e reverso delas. Mário Crespo deixa, porém, a sua impressão digital na informação televisiva (dos jornais já tinha sido banido por ter ousado roçar o velhinho delito de opinião) o que tantos outros jamais conseguirão deixar. Porque não o faz a cor cinza. Pode ter a certeza, meu caro Mário, que nem Deus ou Dante o vomitarão. Só reservam esse gesto para os mornos.

5 comentários

De Pedro a 21.03.2014 às 19:02

Hmm... agora que "dava luta" forte a este governo, mais um desiludido com as (falsas) promessas do Paulo e do Coelho vai para a reforma?? cheira-me que compraram o seu silêncio com um acordo de saída chorudo. E confidencial, pois claro.

De Bento 2014 a 27.03.2014 às 13:32

A função deste jornalista agora era dar luta a este governo?

De Pedro a 27.03.2014 às 20:50

Era. E devia ser a "função" de qualquer pessoa com um mínimo de dignidade. Para acabar com tanta indignidade.

De Bento 2014 a 27.03.2014 às 22:30

Mal esclarecido. Não se percebe onde do seu ponto de vista começa e termina a tanta indignidade que refere. Se essa maleita estiver confinada á esfera do governo não estamos nada mal.

De Pedro a 28.03.2014 às 17:46


Esclarecimento das dúvidas do Bento:
1. Escrevi "este governo".
2. As indignidades (deste governo) começaram logo com as falsas promessas. Ou seja, na campanha eleitoral.
3. As indignidades (deste governo) vão perdurar para além do dia em que forem corridos. Ou seja, por muitos e longos anos.
4. Não faltam por aí, no passado e no presente, muitas outras indignidades. As deste governo são topo de gama.

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