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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

E os nomeados são

João Gonçalves 19 Dez 15

 

Quando entrou em funções o governo de Passos Coelho alguém achou por bem, em nome da "transparência", colocar no portal do Executivo as nomeações para os respectivos gabinetes. Entre o Verão de 2011 e até há umas escassas semanas assim foi em nome desse ditoso escrúpulo. O que valeu, desde respeitáveis órgãos de comunicação social até às chamadas redes sociais, uma atenção permanente às pessoas em causa. Sobretudo valeu a alguns dos nomeados uma exposição inusitada na qual toda a gente parecia "mais igual" do que o comum dos cidadãos. Estava tudo: nome, idade, cargo no gabinete e vencimento bruto. Como não se podia andar a explicitar caso a caso, houve "casos" em que os ditos eram sovados volta não volta. Eu próprio, dias depois de ter ido para a Gomes Teixeira, andei na capa de um jornal, em blogues e nas redes profusamente "apontado" por causa de uma imagem com uma alforreca. E por ter escrito "horrores" a propósito do homem com que fui trabalhar. Em ambos os casos só serviu para reforçar a confiança mútua e lealdades políticas, e até pessoais, indisputáveis. Fosse porque "ganhavam" muito, fosse porque eram muito novos ou não sabiam nada a não ser na "escola" do partido, os membros dos gabinetes dos governos da coligação estiveram sempre sob a mira dos patrulheiros. Raramente houve o cuidado de separar o trigo do joio, ou seja, quem já tinha uma carreira (na administração pública ou no sector privado) de quem, por assim dizer, era "profissional de gabinete" sem nunca ter feito nada de substantivo na vida. Sabiamente o PS acabou, para já, com isso. Ignoramos, até aparecer no Diário da República, quem é quem nos gabinetes ministeriais. Todavia nota-se uma preocupação "escrupulosa" com a comunicação naquela muito batida adaptação democrática do "em política o que parece é", uma coisa em que actual "primeiro" é especialista. Algo, pelo contrário, que não se sente nos "meios" que tanto apreciavam policiar os dois governos anteriores mais em ardente e alucinada coscuvilhice do que por dever estritamente deontológico. Agora não interessa?

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