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portugal dos pequeninos

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O REIS

João Gonçalves 15 Abr 08

Ainda bem que a maioria dos espectadores do programa da D. Fátima Campos Ferreira desconhece a criatura Carlos Reis. A criatura já passou por algumas sinecuras do regime, designadamente foi director da Biblioteca Nacional escolhido pelo PS noutra encarnação, "tema" que remeto ao Miguel para "desenvolvimentos". Reis escreveu umas tretas sobre Eça. Esquecíveis, aliás, como ele. Reis defende o "acordo ortográfico" com um argumentário chineleiro, um misto de literato provinciano com deslumbrado em sentido "técnico". Reis pretende "abrasileirar" a língua portuguesa, um direito dele. Todavia, parece-me que o termo "piroso" ainda é relativamente consensual.

24 comentários

De Anónimo a 15.04.2008 às 02:33

O que este Carlos Reis veio revelar é que a falta de educação do Sócrates, com a sua atitude arrogante e chocarreira com os opositores, está a fazer escola.

De Anónimo a 15.04.2008 às 09:46

Não acha que os apaniguados devem seguir as pisadas do chefe? Sempre foi assim desde os tempos imemoriais (Claro que se lhe dá outros nomes como, o mais inócuo, lambe botas)

De Anónimo a 15.04.2008 às 09:49

A Língua portuguesa está ainda a passar por um período de implantação nos países Africanos de Língua Portuguesa e em Timor Leste. Como esses países já não são colónias portuguesas (o que, parece, alguns portugueses terem dificuldade em aceitar), poderão seguir o português falado em Portugal (10 milhões de habitantes) ou aproximarem-se sucessivamente do português falado no Brasil (220 milhões). A teoria de Darwin é mesmo verdadeira e se Portugal quiser manter a sua língua, orgulhosamente, sem alterações, então em vez das duas formas do português se aproximarem, não! português de Portugal e português do Brasil continuarão a divergir, como tem acontecido até agora. Não pode ser feito tudo de uma só vez, mas deverão haver aproximações sucessivas para não continuarmos a divergir.

O Brasil tem no mundo um impacto muito maior que Portugal , dada a sua dimensão, população e poderio económico que em breve irá ter. O português Europeu tem hoje algum peso muito em função dos novos países africanos e de Timor Leste, mas ninguém garante esses novos países não venham a aproximar-se sucessivamente do português do Brasil e há até já sinais nesse sentido.

Se Portugal permanecer imutável um dia ficará orgulhosamente só: o português de Portugal será uma língua como o dinamarquês, sueco...; algumas das companhias, que hoje até consideram a nossa versão de português, desinteressar-se-ão e o português falado em Portugal será considerada uma versão arcaica de português. Assim, tal como já hoje acontece, se quizermos consultar livros de estudo e manuais técnicos teremos de socorrermo-nos de instruções em português do Brasil, que será cada vez mais diferente do de Portugal. Esta geração terá responsabilidade por isso.

Ambas as versões têm uma raiz comum e divergem apenas há cerca de 250 anos. Aliás, há 100 anos o português falado e escrito em Portugal era bem diferente do actual.

O acordo é mesmo uma decisão política apenas.

Zé da Burra o Alentejano

De cristina ribeiro a 15.04.2008 às 11:05

Como bem disse Vasco Graça Moura, temos vivido tão pacificamente com as diferenças...

De Anónimo a 15.04.2008 às 14:43

Sem discussões deste tipo, o inglês caminha triunfante sem necessidade de cedências. Não será que temos coisas mais importantes a discutir? ou será para nos distrairmos das coisas que, de facto, interessam?

De Anónimo a 15.04.2008 às 14:45

Os argumentos do leitor “Zé da Burra, o Alentejano” não fazem sentido nenhum.

Em primeiro lugar não vale a pena aumentar o número de brasileiros para 220 milhões. Não são tantos, mas ainda são muitos. Mas isso não constitui motivo para os portugueses adoptarem a grafia do Brasil. Já agora deve escrever-se Brasil ou Brasiu?

Os americanos são muito mais do que os ingleses e quanto a impacte no mundo parece que é um bocadinho maior do que o do Brasil, não? Apesar disso, não consta que os ingleses tenham ido a correr atrás das alterações introduzidas na língua pelos americanos. A justificação está em que os ingleses têm brio, coisa que falta aos portugueses que defendem este acordo idiota, de submissão ao Brasil.

E se o português falado e escrito em Portugal ficar isolado, como o dinamarquês e o sueco, olhem que pena. Não consta que os dinamarqueses e os suecos levem o dia a chorar por ninguém perceber a sua língua materna. É que todos eles sabem falar bem, mesmo muito bem, a língua universal, o inglês. E vivem bem que se fartam.

De António Pereira a 15.04.2008 às 16:11

Gosto muito é da pose do dito. Respeitável!
Nesta questão da "reforma" da lígua portuguesa e defesa da sua tese, parece-me ser um indivíduo ególatra.

Ora vejam aqui:

http://www.iplb.pt/pls/diplb/!get_page?pageid=402&tpcontent=FA&idaut=2162250&idobra=&format=NP

Meu caro João, o Sr. Carlos Reis, tem todo o direito em defender a sua dama, a sua opinião, argumentando como argumentou a respeito do acordo ortográfico. Já não me parece que pretender "abrasileirar" a Língua Portuguesa (com maiúsculas) seja um direito dele. Extravasa nesse campo. Penso eu. Antes o compreendo mais como uma perfídia à língua pátria.

De Jorge C. Reis a 15.04.2008 às 16:40

Desculpem o comentário de um ignorante em linguística que sou, mas parece-me que o ACORDO ORTOGRÁFICO não é nada de importante. As diferenças entre as variantes da língua portuguesa não residem na ortografia, mas sim na sintaxe e no léxico.
E isso também vai ser mexido ??? Não creio.
Comer linguiça com trema ou sem trema qualquer um faz e entende o significado da palavra e o sabor da dita... usar o gerúndio também se usa aqui por terras alentejanas...
Agora acabar com a acento no pára do verbo parar e transformá-lo em para ? Para onde vamos ?
Acho que o H no início das palavras também vai cair !! Será ? Eh OMEM PARA LÁ COM ISSO !!!
No jornal digital FOLHA ONLINE de hoje 15/Abril pode ler-se:
"O Brasil começa a se preparar para a mudança ortográfica... "
O "se" está no sítio (lugar, que sítio no Brasil é outra coisa) errado ou é próprio de cada povo ?
Com acordo ou sem acordo, "picolé" continuará a ser "gelado", "picolim" é "matraquilho" e "pinto" é "pénis"...
Mandem mas é o Acordo para a "privada" e puxem a "descarga".
O que eu acho é que tanta discussão é mais um desvio dos problemas realmente importantes do povo português, que convém distrair.

De Anónimo a 15.04.2008 às 17:04

Confesso que morri de inveja durante uns minutos: o Carlos Reis foi meu colega de liceu,está perto dos 60 e não tem uma ruga, um papo, um quilo a mais. Acinzentou muito cedo a cabeleira, mas é de família. De resto todo ele é estilo:os óculos, a gravata, o bronzeado, a cor do casaco, sei lá, tudo me pareceu cuidadosamente estudado. Guarda um toque da pronúncia da sua ilha, mas já mal se nota. O que ele disse não teve importância.Falou para se ouvir e se ver ao espelho, assertivo, arrogante, como quem nunca teve uma dúvida. Fez-me lembrar o primeiro-ministro.

De Anónimo a 15.04.2008 às 17:57

o meu precioso tempo não é para perder a ouvir inúteis

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