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portugal dos pequeninos

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O poderoso lóbi conservador

João Gonçalves 26 Nov 12

Apesar de relativamente mal escrito, este texto lança algumas "provocações" (e factos) interessantes para o "debate" em curso sobre o serviço público de televisão que é uma coisa distinta da complicada galáxia RTP, e da sua eventual privatização, que muitos teimam misturar. «O poderoso lóbi conservador mistura 3 elementos altamente convenientes: operadores incumbentes de fortes interesses económicos; grupo central coeso e permanente de ideólogos e agentes na área audiovisual; grupo de várias individualidades, que vai variando em número e composição; geralmente são ingénuos úteis para mascarar o essencial do que está em causa. Muitos estão apavorados com a aparente diminuição dos instrumentos de acção do Estado, agarram-se ao que ainda existe sem curar (ou minorando a importância) da natureza dos conteúdos que esses instrumentos emitem. O grupo aparece com regularidade para, com sucesso por enquanto, marcar a agenda e acabar por impor as suas posições. Agora destilou um novo manifesto "Em defesa do serviço público de rádio e de televisão", pretexto para marcar e pressionar as instituições.». O autor termina com a recomendação da leitura de um texto de Karl Popper - no qual se louva -, "Uma lei para a televisão". Também recomendo.

Sem ambições

João Gonçalves 26 Nov 12



«Jesus não tem nenhuma ambição política. Depois da multiplicação dos pães, o povo, entusiasmado com o milagre, queria pegar n’Ele e fazê-Lo rei, para derrubar o poder romano e assim estabelecer um novo reino político, que seria considerado como o reino de Deus tão esperado. Mas Jesus sabe que o reino de Deus é de género totalmente diverso; não se baseia sobre as armas e a violência. E é justamente a multiplicação dos pães que se torna, por um lado, sinal da sua messianidade, mas, por outro, assinala uma viragem decisiva na sua actividade: a partir daquele momento aparece cada vez mais claro o caminho para a Cruz; nesta, no supremo acto de amor, resplandecerá o reino prometido, o reino de Deus. Mas a multidão não entende, fica decepcionada, e Jesus retira-Se para o monte sozinho para rezar, para falar com o Pai (cf. Jo 6, 1-15). Na narração da Paixão, vemos como os próprios discípulos, apesar de terem partilhado a vida com Jesus e ouvido as suas palavras, pensavam num reino político, instaurado mesmo com o uso da força. No Getsêmani, Pedro desembainhara a sua espada e começou a combater, mas Jesus deteve-o (cf. Jo18, 10-11); não quer ser defendido com as armas, mas deseja cumprir a vontade do Pai até ao fim e estabelecer o seu reino, não com as armas e a violência, mas com a aparente fragilidade do amor que dá a vida. O reino de Deus é um reino completamente diferente dos reinos terrenos. Por isso, diante de um homem indefeso, frágil, humilhado como se apresenta Jesus, um homem de poder como Pilatos fica surpreendido – surpreendido, porque ouve falar de um reino, de servidores – e faz uma pergunta, a seu ver paradoxal: «Logo, Tu és rei!». Que tipo de rei pode ser um homem naquelas condições!? Mas Jesus responde afirmativamente: «É como dizes: Eu sou rei! Para isto nasci, para isto vim ao mundo: para dar testemunho da Verdade. Todo aquele que vive da Verdade escuta a minha voz» (18, 37). Jesus fala de rei, de reino, referindo-Se não ao domínio mas à verdade. Pilatos não entende: poderá haver um poder que não se obtenha com meios humanos? Um poder que não corresponda à lógica do domínio e da força? Jesus veio para revelar e trazer uma nova realeza: a realeza de Deus. Veio para dar testemunho da verdade de um Deus que é amor (cf. 1 Jo 4, 8.16) e que deseja estabelecer um reino de justiça, de amor e de paz (cf. Prefácio). Quem está aberto ao amor, escuta este testemunho e acolhe-o com fé, para entrar no reino de Deus.»

 

Bento XVI, 25.11.12

Sabemos por que isto existe

João Gonçalves 26 Nov 12



«Neste momento há um conjunto de empresas que estão incluídas, e bem, no Orçamento de Estado, para efeitos de défice e dívida pública. Só três delas (Refer, Metro do Porto e Estradas de Portugal) têm um défice de 852 milhões de euros que nós contribuintes iremos pagar com os nossos impostos. Se ele não existisse, seria possível ou devolver quase um salário aos trabalhadores em funções públicas ou aos pensionistas, ou diminuir a carga fiscal nos portugueses. Sabemos em parte por que isto existe - grandes investimentos públicos (Metro) ou de iniciativa pública (PPP) não rentáveis, nem do ponto de vista operacional decididos por gestores de nomeação política sem qualquer tipo de escrutínio público, sobretudo com recurso a capitais alheios (dívida). Os juros desta dívida são dos grandes responsáveis pelos défices dessas empresas.»


 

Paulo Trigo Pereira, Público

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