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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 19 Ago 12
Mozart, Le Nozze di Figaro: Barbara Frittoli, 2010, Paris
João Gonçalves 19 Ago 12
Entretanto apercebi-me que o Francisco José Viegas apareceu no hebdomadário francês Le Monde. Surpreendi-o feliz como escritor e editor, e menos feliz enquanto político: «subitamente, eu, o editor feliz, o escritor sem preocupações, cometi este erro de aceitar um cargo político.» À semelhança de José Gil, e apesar de não estar preocupado com "inscrições", Viegas pensa que «os portugueses têm medo do futuro, de falar. E isto acontece depois da Inquisição, que foi há 300 anos, e de 50 anos de regime fascista de Salazar. Hoje, com a crise, continua. É terrível.» As últimas vezes que alguém ligado politicamente à cultura passou pelo Le Monde ocorreram com Manuel Maria Carrilho. Carrilho, aliás, colaborou no jornal e, quer como ministro da cultura, quer como embaixador de Portugal na UNESCO (curiosamente o "emissário" da sua rápida remoção do posto, Luís Amado, na altura MNE de Sócrates, o "emissor", é guest star na universidade de Verão da JSD talvez porque a "direita" aprecia a "subtileza" intelectual deste novo banqueiro), escreveu artigos e concedeu entrevistas. No fundo, o que Viegas quis dizer - não fosse dar-se o caso da paróquia constituír uma compreensível e actual preocupação do autor de Longe de Manaus-, já estava escrito por Carrilho, há três anos, justamente no Le Monde. «Cette dernière année a montré quotidiennement le désarroi dans lequel nous sommes tous plongés : le manque de repères et de boussoles qui puissent donner un sens à la vie et au monde ; les sophismes des experts enfermés dans des modèles artificiels, qui ne prévoient rien et n'expliquent que très peu ; l'impasse des politiques mondiales qui puissent répondre à la mondialisation économico-financière, en inventant de nouveaux équilibres entre le droit et le marché ; la frivolité des médias, qui deviennent de plus en plus les otages de l'instant et du sensationnel ; la difficulté des societés à avoir une vision d'ensemble sur elles-mêmes, comme si elles étaient aveuglées par le présent et n'avaient ni histoire ni avenir. La crise du monde actuel ne pourra être surmontée sans que l'on prenne ces problèmes à bras-le-corps (...) [avec] «des valeurs qui, plus qu'un écho du passé de l'humanité, doivent être surtout capables de donner naissance – à côté de la politque et de l'économie – à un nouveau, à un troisième pilier de la mondialisation : celui de la culture, dans l'acception la plus vaste du terme.»
João Gonçalves 19 Ago 12
De regresso à vaca fria, verifico que, fora a ameaça de um furacão nos Açores, o país continua a "viver habitualmente". A bola voltou, as chamadas intimações de mortalidade continuam sob a forma primitiva da violência doméstica e não doméstica, o dr. Louçã não tenciona deixar de ser deputado, Alberto João ameaça "separar-se" (e viver de quê?), a Europa - que é "o" assunto - persiste entre nós como um não assunto trivial, não há certezas sobre se os aparelhos de ar condicionado made in Alexandre Alves foram devidamente inspeccionados por causa dos microfones da Stasi, etc.,etc. Nenhum, pois, entusiasmo e cada vez menos dinheiro embora tal não se note no desenrolar do tema "férias", com mais ou menos sandochas, com mais ou menos dias delas. Daí a minha equanimidade precária em relação ao padre Tolentino de Mendonça (não o poeta, evidentemente, que não me interessa nada). Diz ele a um jornal que se devia recolher mais inspiração nos Evangelhos e critica a iliteracia do catolicismo português. Quando um bispo vai exibir as suas frioleiras a um programa televisivo engraçadista, do que é que Tolentino estava à espera?
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...