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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

POUND

João Gonçalves 24 Fev 11



Diz (o seu) «Hugh Selwyn Mauberley». Sabe bem esta voz no meio do deserto tagarela em que vegetamos.

DO CRESCIMENTO

João Gonçalves 24 Fev 11

Os juros, a gasolina, o gasóleo, a propaganda do governo e o dr. Marques Mendes, o mais recente "escritor" político português, são as únicas "realidades" que crescem em Portugal. Razão, pois, ao desdentado Mao. A situação é excelente.

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OS DONOS

João Gonçalves 24 Fev 11


A tvi faz 18 anos. Para "comemorar", escolheu José Alberto Carvalho e Judite de Sousa para a direcção de informação. Se repararem, as criaturas jornalistas que as televisões exibem já "rodaram" praticamente todas pelas três generalistas. Saem de uma, entram noutra, tornam a sair para uma terceira e, por vezes, regressam à base. Quando falo em jornalistas, refiro os sobas da televisão. Não os mais jovens candidatos a jornalistas, os tarefeiros ou outras espécies menos dignas. Não. A televisão portuguesa tem donos e esses donos (na informação) são invariavelmente os mesmos há muitos anos. O regime altera-se (alterna-se) e eles alteram-se com o regime, seguindo-o, seja lá ele qual for. Boa sorte.

Adenda: E por falar em regime...

UMA SOLUÇÃO

João Gonçalves 24 Fev 11


A Itália, pela Ilha de Lampedusa enquanto porta, está a ser "invadida" por tunisinos em fuga das "amplas liberdades" conseguidas na rua. Prevê-se que milhares de líbios façam o mesmo. Ou seja, a Europa envelhecida e indemne vai aparentemente receber hordas de gente mais jovem que facilmente se adapta a qualquer coisa, sem melancolias ou frivolidades do género "eu quero o meu Estado social, o meu canudo, a minha esplanada e o meu Ipod". Os referidos nativos árabes, uma vez "libertados" nas suas pátrias, pretendem evidentemente "libertar-se" delas (só os jornalistas portugueses estilo Moura do Público, sempre "avançados", é que imaginam que eles querem lá ficar) e viver no mundo que a net, as televisões e o facebook lhes apresentaram. Obama, um amador, fala nas responsabilidades da comunidade internacional em relação à Líbia como se os EUA alguma vez permitissem as "invasões" que a Europa dos "direitos humanos" e da demagogia "correcta" alegremente consente. Razão tinha Kavafis, o poeta da velha Alexandria. Os bárbaros, afinal, sempre eram uma solução.

Adenda: "Ninguém escreve ao coronel".

WHISHFUL THINKING

João Gonçalves 24 Fev 11


«Os partidos, todos eles, tornaram-se organizações fechadas, pouco orientadas pelo interesse nacional e muito viradas para a perpetuação dos seus interesses. A sociedade civil e as diversas elites têm-se, em geral, demitido das suas responsabilidades (com excepções, é preciso dizê-lo, nomeadamente de algumas elites religiosas), emergindo apenas quando se aproximam eleições, e também elas mais à procura de lugares, e sobretudo de influência, do que do exercício de qualquer missão desinteressada. O momento actual, que sem ser eleitoral já o é, é bem ilustrativo do que digo. O PS ressuscita instrumentalmente as suas desacreditadas "Novas Fronteiras", que nunca produziram uma ideia que fosse sobre o que quer que seja. O PSD parece que gosta do modelo e avança com um "Mais Sociedade, Portugal faz-se consigo" que - o nome diz tudo, não é? - não passa de um expediente para ir branqueando a evidente impreparação que tem revelado para, se chegar ao poder, enfrentar a crise e dar a volta à situação. É que, quando isto é a sério - como acontece na Alemanha, em França ou em Inglaterra -, é nos próprios partidos, no seu interior, que se investe em abertura e qualificação, e esse investimento faz-se de um modo contínuo, estruturado e orgânico. Porque aí a convicção nuclear é que é na diversidade das ideias, na sua competência e audácia, que estão as chaves de que se precisa para lidar com o mundo de hoje, e para se preparar o futuro. Ao arrepio de tudo isto, os regulamentos do PS para o próximo congresso estabelecem a inqualificável proibição de apresentação de moções globais, aos militantes que não sejam candidatos a secretário-geral! A fórmula deste pluralismo estropiado define-se na seguinte fórmula: "Tens ideias? Então candidata-te! Ah, não te candidatas? Então cala-te!" Ao criar-se, num gesto de indiscutível inspiração totalitária, um regime de liberdade condicional para os militantes "que tenham ideias", está-se a alimentar a teia do pior conformismo, cujas funestas consequências são bem conhecidas - e não se farão esperar! E logo agora, que o país tanto precisava de abertura e de ousadia para enfrentar o seu tão problemático futuro.»


Manuel Maria Carrilho, DN

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