Portugal não é a França. E, sobretudo, Rui Pereira e Sócrates não são Sarkozy, o então ministro das polícias francesas e hoje Presidente da República francesa. O que se está a passar no bairro da Bela Vista, em Setúbal, não é apenas um caso de polícia. E Sócrates - num momento de propaganda em directo facultado pela SIC através de um inenarrável jornalista gordinho que o deixou dizer o que quis, como defender a maioria absoluta nas legislativas e o PS europeu (com Vital ao lado) -, apesar de fazer o que lhe competia (defender a polícia), não se pode esquecer que não é a mera racaille que por ali anda a queimar carros e aos tiros. Os seus pressurosos serviços de informações, sempre tão atentos ao que não interessa e metidos onde não devem, podiam esclarecê-lo melhor. Pulido Valente tem razão. O que aconteceu representa fundamentalmente «um gesto de revolta contra a ausência de futuro e a miséria de uma geração» que ignora o Magalhães, as "novas oportunidades" e o "europeu" Vital. E que não aceita a autoridade de um Estado desprestigiado e moralmente falido. «Se o sistema de representação legal - o Parlamento, o Governo, o Presidente - deixa de facto de representar o povo ou parte dele (e não uso aqui a palavra demagogicamente), o que fica é, como de costume, a acção directa.» Nem é preciso explicador.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...