«Para o optimista, não pode haver problema sem a respectiva solução, de preferência sob a forma de uma "medida concreta". E assim vivemos as últimas décadas em Portugal, de "medida" em "medida". Estamos atrasados? Auto-estradas. Continuamos atrasados? Educação. Alguém reparou que as taxas de crescimento económico nunca pararam de descer? Tal como o pessimismo não é sinónimo de lucidez, o optimismo também não é de eficácia.Até agora, os que argumentavam a favor de reformas em Portugal, irritando igualmente pessimistas e optimistas, pouco mais puderam do que fazer exortações. Sim, já quase toda a gente decorou qualquer coisa acerca da nossa natalidade ou endividamento. Nada, porém, chegou para abalar a indiferença nacional. Não apenas por a fé em "salvações" ter decrescido (como notou Vasco Pulido Valente), mas sobretudo porque, no passado, nunca houve alarme que tivesse tido sequência. Em 1985, já se falava da absoluta urgência das "reformas estruturais". Foi até o pretexto para romper o Bloco Central. Mas logo a baixa do preço do petróleo e o dinheiro europeu vieram dispensar complicações. Pouco se fez e tudo correu bem. Só que, entretanto, o mundo mudou, e também neste país onde nada acontece algo vai ter de acontecer. Há quem não queira ver: uns por optimismo, outros por pessimismo.»
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...